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Secretário de saúde de Imperatriz presta esclarecimentos a câmara de vereadores, sobre a situação da pasta no município.


O secretário de Saúde do Município, Alair Firmiano, prestou esclarecimentos a uma série de questionamentos dos vereadores de Imperatriz acerca do funcionamento do sistema de saúde municipal durante audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (05) no Plenário Léo Franklin. O secretário foi convocado semana passada diante das críticas de parlamentares sobre suposta falta de medicamentos em unidades de saúde e do funcionamento do Hospital Municipal (Socorrão).
O secretário admitiu que existe falta de material de limpeza e de expediente em unidades de saúde em razão de atraso em processos de licitação, mas que a situação deve ser normalizada em pouco dias.
Sobre a falta de medicamentos, reconheceu também que há atraso na entrega de lotes por parte de fornecedores, principalmente de Teresina, porém ressaltou que o problema não afeta o atendimento aos usuários do sistema municipal.
Alair Firmiano garantiu que houve avanços na Saúde em relação aos últimos anos. Citou como exemplo o aumento do número de UTI´s, melhoria na atenção básica, com o pleno funcionamento de 42 equipes do Programa de Saúde da Família, reformas em 16 postos de saúde, expansão do Samu para o interior do Município, modernização do serviço de odontologia, aquisição de máquinas e equipamentos, redução para 300 mil dos cartões do SUS, nova repactuação do sistema tripartite (União, Estado e Município).
 “Temos uma Nota Técnica do Ministério da saúde mostrando que a atenção Básica está funcionando bem, apesar das dificuldades herdadas da administração passada. A saúde pública é subfinanciada. Não temos equipe nem dinheiro para realizar tudo de uma vez. As coisas têm que ser feitas aos poucos. Avançamos muito, mas é claro que ainda não é o ideal. Nunca teremos uma Saúde perfeita, nem aqui, nem no Brasil, nem no mundo. Sempre vai haver reclamações, sempre vai falta alguma coisa”, disse o secretário.
Ele lamentou o fechamento de 20 leitos de UTI`s que eram mantidos pelo Governo do Estado e afirmou que  cerca de 5 mil pacientes deixaram de ser atendidos pelo sistema. Anunciou que desses 20 leitos, o Município, após acordo com o Ministério da Saúde, vai assumir 10 deles. “São UTI`s modernas, que primeiramente serão bancadas pelo Município até que o Ministério da Saúde comece a repassar esses recursos”, garantiu.
Sobre a falta de funcionamento do único aparelho de ressonância magnética do Município, esclareceu que houve uma pane elétrica e que a Secretaria de Saúde está acionando a Cemar na Justiça para ser ressarcida dos prejuízos financeiros. “A peça que queimou custa 282 mil reais e só é fornecida por uma empresa no Brasil. Essa peça vem da Alemanha e por causa da burocracia deve levar um tempo até chegar aqui. Enquanto isso estamos mantendo o serviço com a iniciativa privada”, informou.

Hospital Municipal

O secretário disse que o Município desistiu de implantar programa semelhante ao adotado pela prefeitura de São Paulo que supostamente zerou as filas de espera por atendimentos e de cirurgias. “É uma parceria público-privada que em um primeiro momento parecia que tinha dado certo. Estávamos com todo o projeto pronto, estivemos com o secretário de Saúde de São Paulo e seu adjunto, mas depois desistimos. Foi um programa eleitoreiro e agora as filas voltaram”, justificou.
Segundo ele, a Secretaria de Saúde está em tratativas avançadas com várias empresas para, através das PPI, as Parcerias Público-Privadas, a construção de um novo hospital municipal de urgência e emergência.   

Assédio moral

O secretário rebateu denúncias de suposto assédio moral contra servidores do serviço de Atenção Básica. “O que havia eram servidores com três, quatro locais de trabalho. Não vamos admitir ‘bico’ na Atenção Básica. E estamos fazendo isso em toda a Saúde com a ajuda da Secretaria de Administração”, garantiu.
Sobre suposto favorecimento profissional a uma cunhada, disse que ela é concursada do Município.

Seletivo

Alair Firmiano informou que devido às dificuldades do Município em reduzir os gastos com pessoal, a Secretaria de Saúde não pode contratar imediatamente os 255 agentes de saúde aprovados no seletivo realizado ano passado que teve mais de 20 mil inscritos.
Garantiu, mais uma vez, que os aprovados serão convocados a partir de setembro e que haverá um cadastro de reserva para posteriores convocações.

Documentação

Dezenas de servidores da Saúde compareceram à audiência pública para prestar solidariedade ao secretário, situação que levantou críticas de alguns vereadores. “Aqui é uma audiência pública”, limitou-se a responder o secretário, que também estava acompanhado de uma equipe técnica da secretaria.
Ao final da sessão, ele entregou um calhamaço de documentos ao presidente da Câmara Municipal, José Carlos Soares. Segundo ele, são documentos com todas as informações do trabalho da Secretaria de Saúde nos últimos quinze meses, ou seja, desde o início de sua gestão.
“A Câmara não tem interesse em atacar gratuitamente a Saúde ou a administração do prefeito”, havia declarado anteriormente na tribuna, durante a sabatina.
“Não precisamos esconder nada. Todos os números da Saúde estão no Portal da Transparência [do Município]”, afirmou o secretário.

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